Notícia

Oportunidades de negócios com o comércio de roupas infantil

Notícia

O comércio varejista de artigos de vestuário e acessórios é a atividade econômica mais exercida entre os pequenos negócios brasileiros, correspondendo a 7,18%¹ do total de negócios ativos no país. Sabendo dessa realidade, empresários do ramo precisam traçar estratégias para se destacar e, para isso, é necessário ter clareza de algumas definições, entre elas, a do público-alvo.

Moda Infantil

Os negócios de moda infantil são caracterizados por roupas e acessórios destinados a bebês, crianças e adolescentes. Esse setor já chegou a movimentar R$ 16 bilhões por ano e pode se configurar como uma excelente oportunidade de mercado, especialmente para os empresários que atuam no comércio varejista.

Perfil do consumidor - as crianças como influenciadoras da compra

Na maioria das vezes, o público infantil não participa efetivamente do ato da compra, mas exerce grande influência na tomada de decisão. Em pesquisa conduzida pelo SPC Brasil e Meu Bolso Feliz, em 2015, foi constatado que:

- 59% dos pais relatam que os produtos de moda comprados para os filhos são melhores que as peças compradas para si mesmo.
- 60% das mães compram roupas para seus filhos pelo prazer de vê-los usando aquela determinada peça.
- Quase 30% afirmam que, mesmo que comprem tudo que seus filhos solicitam, eles nunca estão satisfeitos. E essa característica é ainda mais evidente em mães de meninas que fazem parte das classes C/D/E.
- Quando os filhos acompanham as mães na compra, elas tendem a gastar mais.
- Entre os produtos adquiridos por impulso, os que mais se destacam são as roupas.
- Filhos de 12 a 18 anos costumam ter mais poder de decisão na compra de roupas e calçados, quando comparado com crianças de outras idades.

Produtos e tendências

Para definir o mix de produtos oferecidos no setor de moda infantil, é importante analisar os artigos mais procurados para cada tipo de público e avaliar quais são as particularidades de cada idade. Essa pesquisa auxilia a programar o estoque, organizar a vitrine e direcionar as vendas de forma mais pontual.

BEBÊS

Quando bebês, as crianças ganham todo tipo de roupas e acessórios e as peças comercializadas podem ser bem variadas, confira alguns exemplos:

- Body
- Tiptop
- Pagão
- Meias
- Luvas
- Camiseta
- Short
- Babador
- Sapatos
- Macacão

Os produtos podem seguir tanto a linha mais básica, que serve para atender à função proposta, quanto para modelos criativos e inovadores, que despertam a atenção do consumidor e o fazem comprar por conta de um forte apelo emocional.

TENDÊNCIA

Outras peças que podem ser vendidas em lojas de moda infantil e estão atraindo cada vez mais adeptos, são as fraldas de pano e o sling:

- Fraldas de pano: são econômicas, confortáveis, sustentáveis e ajudam a prevenir assaduras e alergias na pele. Já existem no mercado modelos estampados, feitos para serem usados como uma peça de roupa mesmo.
- Sling: trata-se de uma faixa de tecido utilizada para carregar os bebês, permitindo que eles fiquem em diferentes posições e mais próximos de quem o carrega. Além disso, permite que o adulto tenha as mãos livres durante o carregamento, o que facilita os movimentos.

As crianças crescem muito rápido nessa época e acabam precisando comprar roupas novas com certa frequência.
Por isso, é interessante manter uma grade de numeração variada para atender a diferentes idades e biotipos.

ADOLESCENTES


Na adolescência, acontece uma fase de transição à vida adulta. Os adolescentes param de se enxergar como crianças e buscam comportar-se como adultos, e isso reflete diretamente no modo de se vestir. As peças de roupas, portanto, seguem características semelhantes.

Ponto de atenção - aos varejistas de moda infantil

Atuar com varejo de moda infantil exige do empresário atenção em alguns detalhes, tanto para atrair o público consumidor até a loja quanto para aumentar o volume de vendas.

VITRINE

Em lojas físicas, a vitrine é uma importante ferramenta de divulgação dos produtos. Veja algumas dicas sobre como montá-la:

- Renove as combinações de roupas da vitrine com frequência.
- Decore a vitrine em datas comemorativas.
- Mantenha cores alegres e vibrantes.
- Insira outros elementos na vitrine para chamar a atenção das crianças, como adesivos, balões, bonecas de pano, bichos de pelúcia, entre outros.

O ambiente interno da loja também deve estar de acordo com o público infantil, e investir em brinquedos é uma excelente opção para isso. Entretanto, é preciso ter clareza de que as brincadeiras devem variar de acordo com a idade. De 4 a 7 anos, por exemplo, as crianças preferem brincar com objetos interativos, como livros de desenho ou escorregadores.

Modelos de negócios - e casos de sucesso

O varejo de roupas infantis pode acontecer por meio de diferentes modelos de negócios. A loja física é o mais comum deles. Em seguida, aparece o e-commerce. Entretanto, surgem no mercado cada vez mais opções que podem se configurar como boas oportunidades para quem deseja investir neste segmento. Conheça alguns modelos e casos de sucesso:

BRECHÓ

Em alta por conta de aspectos sociais e sustentáveis, o comércio de roupas usadas  também tem relevância no mercado infantil, principalmente pelo fato das crianças crescerem rápido. Outro ponto que vai ao encontro desse conceito, é a instabilidade econômica no país, que diminuiu o poder de compra da população e fez os  consumidores optarem por soluções mais econômicas.

VENDA POR KG

Um modelo de negócio inovador na área de varejo de moda infantil é a comercialização de roupas por kg. No Estado de São Paulo, mais especificamente na capital e na cidade de Osasco/SP, surgiu a KG - Moda Infantil por Kilo. A ideia de investimento partiu de um casal com três filhos, que já haviam percebido o alto gasto com roupas. O preço das roupas varia de acordo com algumas características:

- Peças de algodão e tecidos simples custam R$ 209,90/kg.
- Peças utilizadas em festas, com rendas e outros tipos de aplicações custam R$ 229,90.

Além disso, a loja oferece descontos para clientes que compram acima de 1kg.

Gostou das dicas?
Confira essas e muitas outras no Sistema de Inteligência Setorial – SIS do SEBRAE.

Fonte: GUIA TEXTIL